sexta-feira 30/06/2017
Vale a pena investir no consórcio de carros?
O sonho da maioria das pessoas é ter um carro. De acordo com uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com o portal de educação financeira Meu Bolso Feliz, ter um automóvel é o terceiro item na lista de desejos. No entanto, o preço do bem costuma espantar quem […]
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O sonho da maioria das pessoas é ter um carro. De acordo com uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com o portal de educação financeira Meu Bolso Feliz, ter um automóvel é o terceiro item na lista de desejos. No entanto, o preço do bem costuma espantar quem possui essa vontade e retardar a realização desse objetivo.
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Diante desse cenário, o consórcio de veículos ganha força e aumenta a esperança daqueles que querem adquirir um carro sem pagar juros exorbitantes ou mesmo sem ter que desembolsar uma alta quantia à vista.
"O consórcio é a modalidade de compra baseada na união de pessoas – físicas ou jurídicas – em grupos, com a finalidade de formar uma poupança para a aquisição de bens móveis, imóveis ou serviços", explica Roberto Rossi, presidente executivo da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).
Dados da instituição revelam que a procura por esse tipo de serviço tem aumentado. O número de pessoas que adquiriram um consórcio de veículos leves aumentou 16,2% entre janeiro e abril deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2016. O estudo revelou ainda que 3,42 milhões de pessoas participam atualmente de um consórcio.
"No sistema de consórcios, o valor do bem ou serviço é diluído em um prazo predeterminado e todos os integrantes do grupo contribuem ao longo desse período. Mensalmente, a administradora os contempla, por sorteio ou lance, com o crédito no valor do bem ou do serviço contratado, até que todos sejam atendidos", afirma Roberto.
Quais as vantagens de ter um consórcio?
Ao participar de um consórcio, a pessoa irá adquirir um bem de forma planejada. Por causa disso, o modelo, que preza pela educação financeira, não é indicado para pessoas imediatistas. "Como se trata de uma cultura de poupança com objetivo definido, o consórcio destina-se àqueles que planejam o futuro", diz o especialista.
Além disso, o consórcio não possui juros e também não tem incidência de Imposto de Renda. Outra vantagem é que o número de parcelas pode ser extenso para que o valor mensal não pese no bolso do consumidor.
"Ter um consórcio é mais barato do que os financiamentos convencionais e vale mais a pena do que comprar o bem à vista. Isso porque, ao desembolsar o dinheiro à vista, você impede que o montante fique rendendo", analisa João Luiz Fachinni, gerente de produtos da Rodobens Consórcio.
O consórcio de veículos não é recomendado para pessoas imediatistas
A única taxa que o consorciado precisa pagar é a de administração. Ao adquirir um plano, essa taxa é calculada e diluída ao longo dos anos de contrato. Por isso, o cliente deve arcar com uma taxa que varia entre 15% e 18%, mas que, quando dividida, pode chegar a cerca de 0,22% ao mês, por exemplo.
Outra vantagem do consórcio é que não há desvalorização do bem adquirido. Ao optar pelo consórcio, a pessoa deve escolher qual carro deseja comprar. Isso determinará o valor da sua carta de crédito e o valor das parcelas que serão pagas mensalmente.
Toda vez que a montadora promover algum aumento ou desconto, o valor do crédito acompanhará esse montante, possibilitando o poder de compra do participante, quando contemplado. Por esta razão, a mensalidade poderá será alterada para mais ou para menos.
Como adquirir um consórcio de carro?
O primeiro passo é procurar um corretor de seguros ou uma administradora de consórcios. No momento da decisão pela compra de uma cota, o consumidor deve, verificar se a administradora é autorizada pelo Banco Central do Brasil a organizar grupos de consórcios. Essa informação pode ser obtida através do telefone 145 ou do site da instituição.
"Durante a aquisição da cota, é importante ler atentamente as cláusulas do contrato e solicitar todos os esclarecimentos que julgar necessários como, por exemplo, o percentual de contribuições, tipos de seguro que poderão ser exigidos, garantias que deverão ser fornecidas quando for contemplado, além de como se processará a contemplação", orienta Roberto.
Como o consorciado é contemplado?
Quem adquirir um consórcio pode ser contemplado de duas maneiras: sorteio ou lance. Todos os meses, a administradora do consórcio realiza uma assembleia. Nesta reunião, uma pessoa será sorteada e poderá ter acesso à carta de crédito.
Isso significa que, com sorte, a pessoa poderá comprar um carro antes do fim do contrato. A carta de crédito representa o valor que o consorciado irá receber. Esse montante será usado na compra do veículo desejado.
Quem quiser adiantar o processo e ter a carta de crédito antes do fim do consórcio poderá, mensalmente, dar lances. Essa estratégia funciona como um leilão: quem der o maior lance será contemplado.
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Muitas vezes, as administradoras determinam que mais de uma pessoa poderá ser contemplada por lance, o que aumenta as chances de obter a carta de crédito. "Existem dois tipos de lance: o lance fixo e o variável", explica João Luiz. "O lance fixo é determinado no contrato do grupo do consórcio. O regulamento diz que é necessário dar uma determina porcentagem do valor do carro para ser contemplado", completa.
Já o lance variável não possui regra. O consorciado pode dar um lance ilimitado. Mas, além de precisar dar um lance maior que o de seus companheiros de consórcio, é preciso ter um pouco de sorte.
Em caso de empate, o resultado dependerá da pedra chave, que sempre será o número da cota que foi contemplada por sorteio. Ou seja, se a cota sorteada for 55 e as cotas 65 e 87 derem o mesmo lance. Quem tiver a cota 65 terá o direito de ter a carta de crédito.
O que fazer após ser contemplado?
Esta é a hora de comemorar porque, em breve, você poderá desfrutar do seu novo veículo. O primeiro passo é escolher o seu carro. A carta de crédito permite a compra de carros novos ou usados. No entanto, os usados precisam ter sido fabricados nos últimos três anos.
Depois, o consorciado deve entrar em contato com a administradora para entregar os seus documentos pessoais. É necessário entregar o comprovante de renda, carteira de identidade, comprovante de endereço e CPF.
O primeiro passo para adquirir um consórcio é procurar um corretor de seguros ou uma administradora de consórcios
"A administradora precisará dessas informações para fazer a análise de crédito, já que a pessoa terá um bem que ainda não está quitado. O valor das parcelas do consórcio não pode comprometer mais de 30% da renda", afirma Roberto Araújo, especialista em consórcios.
Uma vez aprovado, o valor da carta de crédito é depositado diretamente para a concessionária, loja de veículos ou para a pessoa que estiver vendendo o carro. Todo o processo deve demorar certa de sete ou dez dias úteis. Além disso, caso o carro comprado seja usado, o bem passará por uma vistoria feita pela administradora. Isso terá um custo que será debitado do valor da carta de crédito.
Fotos: Getty Images
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