sexta-feira 04/08/2017

Como reduzir os gastos sem traumatizar as crianças?

A vida adulta não vem com um manual. Isso significa que, independente dos cursos realizados, é preciso aprender na prática a administrar seu dinheiro, cuidar da casa e criar os filhos, por exemplo. No entanto, apesar do esforço e empenho...

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A vida adulta não vem com um manual. Isso significa que, independente dos cursos realizados, é preciso aprender na prática a administrar seu dinheiro, cuidar da casa e criar os filhos, por exemplo. No entanto, apesar do esforço e empenho de todos os membros da família para que a administração dê certo, muitas vezes, somos surpreendidos por problemas financeiros que acabam causando consequências para todos.

Durante a infância e adolescência, a estudante Natalia Molena, que hoje tem 21 anos, ouviu conversas sobre a delicada situação financeira em sua casa. Entre as dívidas de sua mãe e o desemprego do seu pai, ela teve que aprender desde cedo a poupar seus gastos e precisou desenvolver uma responsabilidade financeira.

Mudar o estilo de vida por causa da situação financeira da casa é um cenário delicado para qualquer família – principalmente quando há crianças envolvidas. O assunto precisa ser tratado com tranquilidade e muita transparência. "Eu me sentia impotente e ficava assustada porque via que meus pais também estavam assustados", conta Natalia. "Mas, sei que eles lidaram com a situação da forma que conseguiam no momento", completa.

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Antigamente, falava-se muito sobre não expor as fragilidades da vida para as crianças. Hoje em dia, entretanto, elas são mais informadas e precisam ser incluídas no núcleo familiar, tanto nos momentos bons quanto nos ruins. "A criança pode ser poupada de determinados detalhes porque o seu limite de compreensão varia de acordo com a idade", explica a psicóloga Lizandra Arita. "Mas, ela não precisa viver em um mundo cor-de-rosa, em meio a mentiras", completa.

Segundo a especialista, expor a realidade para a criança pode ser algo vantajoso e saudável. "Ela vai aprender que a vida é feita de altos e baixos e que situações inesperadas podem acontecer", diz Lizandra. "Nem tudo sai como planejamos ou como gostaríamos", completa.

Saber da situação financeira de sua família ajudou Natalia a criar uma consciência sobre como superar os problemas. Isso poderia não ter acontecido se ela não soubesse o que estava acontecendo. "Às vezes, eu não queria estudar porque sabia que a escola era cara", desabafa a jovem. "Quando fiquei mais velha, minha mãe começou a me explicar melhor e eu fui entendendo que precisávamos poupar dinheiro da maneira que fosse possível e cortar os gastos desnecessários", completa.

Como conversar com as crianças sobre a redução de despesas?

Ao enfrentar um problema financeiro, é preciso mostrar para a criança os motivos do problema e explicar para elas, de forma lúdica, a real situação familiar. "O mais adequado é explicar que, a partir de agora, alguns programas serão reduzidos, mas que eles poderão abusar de passeios em parques gratuitos, que as viagens estarão momentaneamente fora dos planos, mas que eles poderão aproveitar para explorar a cidade onde moram, e que eles não comprarão os lanches da cantina, mas poderão fazer bolo em casa e levar para o colégio", sugere a psicóloga.

De acordo com Reinaldo Domingos, especialista em educação financeira e presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros, o discurso não precisa ser dramático ou turbulento. "É preciso criar um agente motivador, conversando com a família sobre os sonhos e desejos dela", explica ele. "Um programa de redução de gastos que foque em como conseguir as viagens, brinquedos e outros sonhos das crianças pode ser muito mais eficaz", completa.

As crianças devem ser incluídas nos assuntos familiares, tanto nos momentos bons quanto nos ruins

É importante explicar para o pequeno que essa movimentação é para reduzir os gastos e alcançar os desejos dele o mais rápido possível. "Falar para o seu filho que se ele diminuir o tempo no banho, por exemplo, estará mais próximo de ganhar o videogame que deseja, pode ser uma forma de aproximá-lo dessa realidade", conta Reinaldo. "E isso ainda transforma um momento difícil em um momento de união de todos os membros da família", completa.

Durante os anos de crise, Natalia precisou abrir mão de viagens e lembra que pedia brinquedos para as avós e queria participar de atividades mais caras. "Quando eu pedia algo que estava fora do alcance deles, meus pais me lembravam da situação e eu entendia", conta ela. Uma boa alternativa para isso é procurar programas de lazer e diversão que sejam gratuitos ou não envolvam um gasto excessivo.

Dessa forma, é possível chamar os amigos para uma sessão de cinema com pipoca em casa, fazer piqueniques em parques e ir a museus e espaços como o planetário e o jardim botânico, além de participar de outras atividades gratuitas na cidade. "As crianças não ligam tanto para o bem material quando possuem atenção e estão próximas dos pais", afirma a psicóloga Lizandra.

Fotos: Getty Images

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