terça-feira 03/10/2017

O que fazer em casos de dor no peito?

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte no mundo. Na maioria dos casos, pessoas hipertensas, diabéticas, com colesterol elevado, fumantes, sedentárias e com alto índice de estresse são mais suscetíveis...

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De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte no mundo. Na maioria dos casos, pessoas hipertensas, diabéticas, com colesterol elevado, fumantes, sedentárias e com alto índice de estresse são mais suscetíveis a apresentar alguma das doenças de coração.

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"Em média, a incidência aumenta nos homens a partir dos 35 anos. Já nas mulheres é a partir da menopausa porque, durante o período reprodutivo, os hormônios oferecem uma cardioproteção adicional", afirma Fernando Barreto, cardiologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão.

O infarto é uma das principais doenças cardiovasculares e, por causa da sua gravidade, merece atenção. Dores no lado esquerdo do tórax, que podem ser irradiadas para o pescoço, mandíbula e braço esquerdo, vômito, náuseas e sudorese fria configuram os principais sintomas do problema.

Além disso, algumas pessoas podem ter uma dor no peito menos intensa que a dor do infarto. Esse sinal, que se chama angina pectoris, é importante porque indica que o infarto acontecerá em breve. "A diferença é que na angina há a dor no peito, mas ainda não houve a lesão do músculo do coração. No infarto, há a lesão do músculo cardíaco", explica Fernando.

Para prevenir esses sintomas, o ideal é tratar os fatores de risco, consultando regularmente um médico clínico ou cardiologista para controlar a pressão e verificar os níveis de diabetes e colesterol. Também é recomendado realizar atividades físicas, ter uma dieta saudável e não ser fumante. "Infelizmente, a herança genética não há como mudar, então quem tem histórico de parentes próximos com angina ou infarto deve se prevenir com consultas médicas de rotina", aconselha o especialista.

Segundo o cardiologista, outro ponto que merece atenção é o estresse. "Uma rotina estressante produz mais adrenalina, o que aumenta a dificuldade de circulação sanguínea, além de gerar uma frequência maior de batimentos cardíacos. Também há o fato de que é comum pessoas com alto nível de estresse se alimentarem mal, praticarem pouca atividade física e não terem tempo de ir ao médico”, diz Fernando.

Caso o infarto não possa ser evitado, é importante que, ao começarem os sintomas, a pessoa se dirija ao hospital imediatamente. "Há um ditado em cardiologia que diz que tempo é músculo. Ou seja, quanto antes o paciente for atendido, menor serão os danos no músculo cardíaco", afirma Fernando. O médico também recomenda que o paciente tome três comprimidos infantis com princípio ativo de ácido acetilsalicílico (300mg), desde que o paciente não tenha alergia, ao perceber os primeiros sinais de infarto. A medida tem o objetivo de afinar o sangue, diminuindo a pressão sanguínea do paciente e amenizando as consequências do infarto.

Foto: Getty Images

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